Deus, quando criou o ser humano, criou-o com algumas necessidades e
limitações. A necessidade primária e mais veemente para o ser humano é a de ser
amado pelo Senhor e pelas pessoas. Não adianta tentar ignorar essa necessidade;
não dá para mascará-la com outras coisas nem fingir que não a temos. Ela é uma
realidade espiritual e emocional. O nosso Senhor é um Deus de relacionamento:
Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. E nos criou para mantermos
relacionamentos saudáveis.
O apóstolo Paulo ilustrou essa necessidade muito bem quando escreveu em 1
Coríntios 12.21: “O olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem
ainda a cabeça, aos pés: Não tenho necessidade de vós”.
Quantas vezes fazemos isso em nossos relacionamentos de modo inconsciente
ao evitarmos alguém que seja da nossa família, do no nosso ambiente de trabalho
e muitas vezes até da nossa igreja.
Pedro, em sua primeira epístola, 4.10, disse que os bons relacionamentos
eram uma das formas básicas que Deus usava para mudar nossa vida e demonstrar
Seu amor por nós. E é na igreja que realmente conhecemos e experimentamos Seu
toque na terra.
O relacionamento com Deus é primordial e importante. No entanto, a Bíblia
não desvincula o nosso relacionamento com Deus do nosso relacionamento com as
pessoas que fazem parte de Seu Corpo espiritual. Ao contrário. Ele disse que,
se não tivermos relacionamentos bons e amorosos com nossos semelhantes, não o conheceremos.
Em 1 João 4.20,21, está escrito: “Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece
a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode
amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus,
ame também seu irmão”.
O que muitos cristãos não compreendem é que se relacionar com os outros é
uma atividade espiritual. Por isso, Satanás faz de tudo para interferir em
nossos relacionamentos trazendo conflito e contenda e tentando isolar o ser
humano. Ele sabe que precisamos uns dos outros; afinal, somos seres criados
para o relacionamento, e não para o isolamento. E quando nos isolamos, damos
brechas para o diabo agir em nossa vida.
Pensamos muitas vezes que a vida espiritual se resume a estarmos bem com
Deus, mas Ele nos diz que a verdadeira espiritualidade implica uma vida de amor
com Ele e com nosso próximo. Como está escrito em Mateus 22.37-40: “Amarás o
Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a
este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem
toda a lei e os profetas”.
Gostaria que você fizesse a si mesmo as seguintes perguntas:
1- Como estou me relacionando com as pessoas?
2- Meus relacionamentos estão sendo produtivos, melhor a cada dia?
3- Em que posso melhorar?
Algumas vezes achamos que o serviço cristão é o único indicador de que
estamos crescendo espiritualmente, quando, na verdade, os nossos
relacionamentos humanos são sempre ótimos indicadores de nossa vida espiritual.
Jesus veio a este mundo não apenas para nos salvar, mas também para nos mostrar
como amar Deus e os outros seres humanos (João 13.34,35).
Nas pregações, costuma-se a enfatizar muito o nosso relacionamento com
Deus. Na Bíblia, porém, vemos que ambos — o amor a Deus e ao próximo — são
vitais para o nosso crescimento espiritual e emocional. Na verdade, uma coisa
não pode existir sem a outra.
Pra. Elizete Malafaia
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