Dízimo: Fé e obediência
O dízimo representa a décima parte do fruto do nosso trabalho consagrado a Deus. É uma expressão da fé, do amor e da gratidão do crente pelo favor divino que lhe assegura a vida e o sustento espiritual e material.
Esta ordenação da lei mosaica (Lv 27.32), que no AT assegurava o sustento dos sacerdotes e dos levitas, já era praticada antes de Moisés. Abraão e Jacó, por exemplo, entregavam o dízimo de tudo o que possuíam ( Gn 14. 18-20; 28.22).
Além de ser uma ordenança, o dízimo sempre envolveu bênçãos de prosperidade:
"Honra ao SENHOR com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares."(Pv 3.9,10).
"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa , e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma benção tal, que dela vos advenha a maior abastança. E , por causa de vós, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. E todas as nações vos chamarão bem- aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos". (Ml 3.10-12).
No Novo Testamento, não há nova regra para o dízimo. Jesus não condenou nem ab-rogou esta prática; apenas criticou o comportamento hipócrita dos religiosos que davam dízimo para se auto- promoverem, sonegando o mais importante da lei: o juízo, a misericórdia e a fé (Mt 23.23)
O Senhor se alegra com aquele que dá voluntariamente e com alegria (2. Co 9.7); e não com o que cumpre apenas uma obrigação religiosa, por medo de atrair uma maldição ou de ir para o inferno.
O cristão genuíno é conhecido pelo amor, pela fé, obediência e submissão ao Todo- poderoso. É impossível desassociar o dízimo e as ofertas de certas virtudes fundamentais da vida cristã. Logo, dar dízimo apenas atesta se o cristão crê em Deus e na Sua Palavra, se reconhece que Ele é Provedor, se lhe é grato e se deseja contribuir para o evangelismo e o estabelecimento efetivo do Reino de Deus em cada coração.
A despeito disso, existem muitos cristãos que não percebem que dar o dízimo é um privilégio. Eles não conseguem entregar nem 10% do seu salário à causa do evangelho. Esse apego ao dinheiro demonstra um materialismo exacerbado e até avareza, um pecado de idolatria (Cl 3.5). e foi para evitar isso que o Senhor instituiu o dízimo.
Quando devolvemos a Deus os 10% que Ele requer para que haja mantimento em Sua casa, estamos dizendo que Ele é Senhor da nossa vida, que reconhecemos que tudo que somos e temos vem dele e pertence a Ele; somos apenas mordomos( 1Cr 29.11-14).
O cristão que entrega o dízimo demonstra ter visão espiritual, fé nas promessas de Deus, compromisso com a Igreja, com sua liderança e com a causa do evangelho; e será ricamente abençoado pelo Senhor.
Graça e paz
Fabiana Matos
@eternoproposito
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