CONHECENDO A VONTADE DE DEUS

domingo, 25 de setembro de 2011

TodO discípulo de Jesus é confrontado diuturnamente com o desafio de conhecer se o seu procedimento na vida está de acordo com os pensamentos de Deus. Em outras palavras, se depara com essa questão: como reconhecer a vontade de Deus para a minha vida?

Os irmãos da Igreja em Corinto escreveram ao apóstolo Paulo sobre algumas questões a respeito da vontade de Deus, inclusive se era correto comer carne sacrificada a ídolos. Em resposta, Paulo expõe princípios que podem ser aplicados a todos os nossos procedimentos e, por isso, se constituem diretrizes importantes para nortear a nossa vida cotidiana. O texto se encontra em 1 Coríntios 10.23-33.

O que eu quero fazer é lícito? A palavra de Deus proíbe?


Paulo diz: “Todas as coisas são lícitas” (v.23). Ou seja: tudo é permitido. É claro que Paulo não estava falando em termos absolutos, pois não temos permissão de fazer o que a Palavra de Deus proíbe expressamente, como: matar, roubar, adorar ídolos, mentir, dar falso testemunho etc. Paulo está tratando de coisas que não são vetadas pelas Escrituras.

Geralmente, quando não existem proibições declaradas, são nessas circunstâncias onde pairam a maioria das dúvidas se podemos ou não fazer certas coisas. Nem sempre, porém, ao aplicar esse princípio, poderemos fazer as coisas sem restrições. Por isso, é bom passar para o próximo passo.

Isto é conveniente, gera algum benefício?


“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm”. Ou seja: tudo é permitido, mas nem tudo é proveitoso. Mesmo que as Escrituras não proíbam expressamente, isso não quer dizer que a ação seja proveitosa.

Paulo ensina que os nossos atos devem caracterizar-se pela utilidade que representam, tanto para nós como para os outros. Ir a certos lugares pode ser lícito, mas será que é conveniente? O que eu vou fazer é realmente proveitoso para outros?

Paulo acrescenta que as coisas “lícitas” ainda devem corresponder a um segundo parâmetro, cujo critério é mais aprofundado. Ele retoma a frase: “todas são lícitas”, mas acrescenta um adendo: “mas nem todas edificam”. Ou seja: toda a nossa conduta deve resultar em edificação, não só para mim, mas também para os outros.

A minha conduta tem em vista o proveito dos outros? Convém ao interesse deles?


“Ninguém busque o seu próprio interesse; e, sim, o de outrem” (v.24); ...assim como também eu procuro em tudo ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos , para que sejam salvos” (v.33).

Em suma, a nossa conduta sempre gera efeitos sobre outras pessoas. Devemos, portanto, nos empenhar para que, em tudo o que fizermos, não tenhamos primeiramente em vista as nossas próprias prioridades e interesses, mas sim as da nossa coletividade. O todo é mais importante que as partes; o corpo, mais que os membros.

O que faço é para a glória de Deus?

“Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (v.31).

Deus deve não somente se glorificado nos templos, mas também fora deles; não somente na vida privada, mas também na esfera pública. Não somente nas coisas referentes à sobriedade do “ministério cristão”, mas também nas coisas “comezinhas” do nosso cotidiano como “comer e beber”.

Devemos nos perguntar: Quantas coisas, em nossas lidas diárias, são feitas para a glória de Deus ou buscam apenas o nosso próprio interesse?

O que eu faço está escandalizando alguém? Ou faz alguém tropeçar?


“Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tão pouco para a igreja de Deus” (v.32).

Quantas vezes o nome de Deus tem sido blasfemado por causa dos maus procedimentos de Seus filhos? Quantos têm tropeçado por causa de suas condutas egoístas e alheias aos ensinamentos das Escrituras? Em contrapartida, uma conduta que promove a glorificação de Deus não será escândalo para ninguém, nem motivo de tropeço.

Os conselhos de Paulo são muito importantes para quem quer realizar a vontade de Deus. Mas adicione-se a isso o que disse Jesus:

“Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo” (Jo 7.17).

Que possamos dizer como Jesus: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”.

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